Todos os dias abro meus braços
Como se abrisse as pernas
Por diversas vezes me senti sugada
Amarrada, e amordaçada
E de repente: liberdade
Mas o conceito em si desta palavra
Foi desconstruído
O Abaporú presente
E nossas raízes desta terra brasilis
A desmistificou, somos libertinos.
Eu choro, porque o choro me alenta
Eu choro porque sou servo
Do nada
E dele me alimento
Nem que seja de socos ou pancadas.
Não sei como começar
Muito menos como terminar
Sou fruto de um desleixo coletivo
Abençoado pelo manto do sacerdócio corrupto
Abortado pela mãe desnaturada
Criado pelos demônios do infinito
E jogada à própria sorte
No calabouço da verdade.
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