segunda-feira, 11 de março de 2013

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Seria uma pena se depois que eu saísse por aquela porta e todas as dúvidas que entraram comigo por ela, retornassem como um temporal atemporal. Seria extremamente decadente se eu tivesse rememorado fantasias justamente no dia que as coloquei de molho.
O dito pelo não dito, e a trama me cercou. As mãos dadas por acaso, no meio da rua, para me proteger de um tropeço bêbado, e um possível atropelamento. O olhar lascivo e evasivo, do qual já havia feito uma retratação estava mais uma vez ali: encarando-me como um espelho. Seguimos narcisos, debruçados sobre as mais puras projeções, sem medo de ser...
Ao término do encanto, dias se passaram como se nada estivesse acontecido. A expectativa tornou-se o mórbido brilho dos teus dentes. A insegurança está expressa no passar das mãos no cabelo. E a certeza de que nada, nada se repete fácil, mora no teu silêncio.

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