Todos os dias abro meus braços
Como se abrisse as pernas
Por diversas vezes me senti sugada
Amarrada, e amordaçada
E de repente: liberdade
Mas o conceito em si desta palavra
Foi desconstruído
O Abaporú presente
E nossas raízes desta terra brasilis
A desmistificou, somos libertinos.
Eu choro, porque o choro me alenta
Eu choro porque sou servo
Do nada
E dele me alimento
Nem que seja de socos ou pancadas.
Não sei como começar
Muito menos como terminar
Sou fruto de um desleixo coletivo
Abençoado pelo manto do sacerdócio corrupto
Abortado pela mãe desnaturada
Criado pelos demônios do infinito
E jogada à própria sorte
No calabouço da verdade.
terça-feira, 14 de setembro de 2010
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
Lilith
Preciso esquecer...
Que já nem me lembro mais
Do seu rosto
Que em minhas ideias,
O teu vulto desfaz
Do seu gosto
Que por mim não fora aprisionado
Preciso esquecer...
Que todas as vezes
Sei que você vai sumir
Do seu jeito único
De me fazer esquecer...
Que a dor não faz sentido
Que posso me jogar nessa trama
Que volta e meia
Não serás mais que um desejo
Aí minha história
Resumir-se-á em fatos
Sem evidências
"Ó ser mítico por mim idealizado.
Um dia terás seu totem legitimado
Em um lugar inexato"
Mas sempre tem alguém
Ao lado, que desperta algo
São olhares aleatórios
Toques sem intenções
De serem realmente o que se é
E assim a gente leva
Dia a dia as coisas em comum aparecem
E a gente se perde na linha da razão
E nesse trânsito frenético
Só resta a sensação
De uma impotência
A impotência seguida pela frustração
No sentido mais amplo da palavra.
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