Hoje li um relato de alguém que compartilha do mesmo sentimento que eu, o que mais me chamou atenção foi que essa pessoa não é tão próxima de mim, mas que já havia notado o que se passava dentro dela - após escrever tudo aqui, vou lhe envia esse texto, com certeza.
Todos os dias, alguém mais velho que eu, me indaga sobre as pespectivas da minha geração, de seus própósitos, objetivos, metas. Sei que são perguntas muito complexas, que para muitas não se tem respostas definidas, que a qualquer momento o foco muda, os anseios também, e o que mais me preocupa é que a nossa geração está tão condicionada a ter um objetivo, um foco, que o nosso lado subjetivo é menosprezado muitas das vezes, que a gente tem mais dificuldades de lidar com nossos sentimentos, com dificuldades do dia a dia.
Aí fica parecendo aos olhos daqueles que nos indagam, que não saímos ainda da adolescência - e vou dizer de coração eu acredito nos meus amigos, eu acredito na nossa juventude - muitos dos meus amigos, com 22, 23 anos já estão formados, ou estão se formando, tem o seu estágio, ou trabalham, os formados tem uma renda que muitas das vezes supera a do pai, ou da mãe. Mas fica a imensa pergunta: se fomos desde cedo criados para sermos bem-sucedidos, bem-estruturados, para onde se transportou aquela aurora da juventude? E o que só vem à minha cabeça é que nós estamos tentando recuperá-la...
perfeito.
ResponderExcluirconcordo totalmente, a subjetividade está ficando cada vez mais limitada. como falaste, querem dar rumo até para os nossos sentimentos, fernando pessoa já dizia: "se o coração pensasse, ele pararia.". são loucos q criaram um padrão por "parecer" fazer mais sentido, para tentar dar um sentido para a vida. e no final somos nós todos iguais e inconformados com tudo. a essência pode até ser eterna, mas a névoa q criaram nos deixam perdidos e falsos/forçados.
é o niilismo da modernidade.
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